Tuesday, October 28, 2008

Conselhos Americanos vs. Brasileiros

Viver num mundo globalizado, ainda mais quando se tem uma cultura, e passa a vivenciar outra, é complexo. Agora que estou com um bebê assando no forno, tudo se torna mais difícil. Por exemplo: aqui os médicos mandam não comer peixe e chá verde. Limitar a uma vez por semana. No Brasil os médicos dizem que é excelente para o bebê, e que é para comer o máximo possível. Aqui o ideal para se engordar durante a gravidez são 15kg. No Brasil, são 12. O uso do aspartame e outros tipos de adoçantes não são controlados pelos americanos; para os brasileiros sim.
Para previnir estrias aqui se recomenda o uso de manteiga de cacau. No Brasil, óleo de amêndoas.
Bom, aí tem o parto: normal ou cesária? Bom, no Brasil qualquer probleminha, por menor que ele seja, da-lhe cesária. Aqui não. Pros médicos fazerem cesária, a mulher tem que praticamente entrar em coma.
Eis que nasce a criança. No Brasil a licença maternidade é de 6 meses. Aqui são 4 meses NÃO REMUNERADOS. Algumas empresas "legais" feito o TV Guide tem um benefício que tira uma parte do seu salário e coloca num seguro de doença para ser usado caso você precise se afastar por um longo período de tempo. Parir é um caso em que você pode usar este seguro. Nesse super benefício, vc recebe 70% do seu salário por 1 mês para partos normais, e 1.5 meses para cesáreas urgentes (se vc OPTAR por cesárea, não tem direito a mais tempo). Aí você pode usar as férias que tem acumuladas para ficar mais tempo em casa. Ou seja, pra quem precisa trabalhar, feito eu, só pode ficar em casa curtindo a cria por no máximo 2 meses. Aí vai para a creche: $800 a $1200 doletas por mês para crianças de 2 a 12 meses, é a média de preços destes lugares repletos de alegria e infecções. Se não estiver contente, contrate uma babá por uma média de $500 doletas POR SEMANA.
Quando o seu filho tiver 5 anos, você sente o alívio. Ele vai pra escola. E eu digo alívio CASO você more em uma região decente do estado que ainda tenha um ensino público livre de gangues e afins. Senão, minhas amigas, é escola particular: 17 a 20 mil dólares POR ANO. Claro que aí no Brasil o ensino público é ainda pior e tals...mas pelo menos as particulares variam de preço para cada tipo de bolso! '
Aos 5 anos, nós, pais conscientes, já temos que ter investido na poupança do pequeno (a). Afinal, quando ele(a) fizer 18 anos, lá se vão 20 a 40mil doletas por ano de faculdade. Faculdade pública? ha-ha-ha. Ou tem a outra opção, mais religiosa: Ajoelhe e REZE pra sua cria ser um esportista requisitado, ou um crânio científico, para que você consiga uma bolsa auxílio em boas faculdades. USP e UNESP, que saudade de vocês!!!! Até a mensalidade absurda que eu pagava no mackcu é fichinha perto do que terei que desembolsar com a pequena Naomi...
Tudo isso enquanto você paga uma hipoteca bizarra até o dia de sua tão sonhada aposentadoria. Ah, mas para isso, por favor, previdência privada hein galera! Pq se for depender de INSS, vai morrer trabalhando no Taco Bell! Só pra finalizar: mantenha o seu convênio médico SEMPRE autalizado. Saúde pública neste país é inexistente. Da última vez, a conta do meu simplses raio x veio 3mil dólares. Fica a dica.
Portanto meus caros amigos, antes de imigrar para vivenciar o "american way of life", pensem se vão querer ter uma vida comparável com a que tem no Brasil. Se quiserem, eu pensaria duas vezes :)

Thursday, October 23, 2008

Lições aprendidas até agora

Estava lendo a revista Parents que eu, sei la pq, assino há mais de um ano, e notei que posso aprender muitas coisas com ela, como: grifes bárbaras de bebê, como criar bons hábitos alimentares em crianças, o que NÃO pedir na lista de chá de bebê...esse mês tem um teste: Will you be a Paranoid Mom? Segundo o resultado obtido, eu serei uma mãe normal mas nunca se sabe...
Enfim, a razão pela qual que leio e sigo muitas das coisas que a revista diz é pq eu só sigo o que eu quero e concordo. O que eu acho babaquice ou fora dos meus padrões, eu simplesmente viro a página. Isso tem sido difícil de fazer na vida real. Virar a página para os milhões de comentários feitos por milhões de pessoas, estranhas, ou não, sobre o que devo comer, beber, respirar, que horas deverei amamentar, como dormir, etc,etc. Não dá! Você tem que ouvir, calar a boca e fingir que concorda, por mais absurda que a sugestão da fulana possa parecer porque senão causa conflitos e MAIS comentários do tipo: nossa, será que ela não está feliz com a gravidez? Nossa, os hormônios estão acelerados não? Nossa, relaxa menina, vc vai ser mãe!
Outra coisa abusivamente irritante: utilizar adjetivos como "Enorme", "Gorda", "Peituda", "Paranóica"... nós estamos GRÁVIDAS, a barriga VAI ficar enorme, a gente VAI ficar gorda e peituda, mas please...vc não chega na sua amiga que engordou uns quilinhos nas férias e diz: "Nossa, vc está enooooooooorme!" Porque raios as pessoas se sentem confortáveis dizendo isso pra uma grávida cujos hormônios e auto-estima estão totalmente abalados?
E mais: dar palpite no nome que nós escolhemos para nossa futura cria. Cara, se você não gosta, keep it to yourself. Igual falar que a tatuagem que alguém acabou de fazer é horrenda. Tipo HELLO-OW, a filha é minha, quando você tiver a sua, põe o nome que você quiser, que saco!
Conselhos estéticos também são bastante irritantes. "Sua mãe teve estria?", "Você tá passando creme né?", "Cuidado pra não engordar muito, controle-se". Mais uma vez eu digo: Você fala pra sua amiga que está de regime se esforçando pra perder um quilo se controlar? O que que vai acontecer com ela se ela perder o controle? Vai engordar, puft. Nós, as grávidas, vamos engordar de qualquer jeito. Nós, grávidas, temos mais chances de ter estrias e não há muita coisa a fazer ué...a barriga está esticando - eu sinto como se fosse rasgar a qualquer momento - tem uma porra de uma VIDA aqui dentro. Meu corpo não está acostumado com isso, o seu está??? Acredito que não.
Para finalizar o meu desabafo e o de inúmeras grávidas com quem conversei a respeito e todas dizem concordar, fica o pensamento: É muito fácil encher a grávida de conselhos, palpites, comentários desnecessários e críticas, e quando a gente surta, a negada põe a culpa nos HORMÔNIOS ALTERADOS. Faça me o favor né!!!!

Monday, October 20, 2008

23 semanas


Já que a galera fica dizendo que eu n pareço grávida, e sim, inchada de TPM, olhem ESSA foto. Fiz questão de pegar um dia bem constipado, almocei, deitei por meia hora e bebi 1 litro dágua. QUERO VER DIZER QUE N TO GRÁVIDA.


Pois é, agora não tem mais jeito...a barriga esticou, a balança resolveu subir, subir, subir...nada fora do normal, segundo os médicos...mas pra mim é kind of sad! Pensar em tudo que vou ter que malhar pra perder tudo! Por incrível que pareça algumas calças jeans ainda serviam...até hoje de manhã né. Fui colocar e puft. Não fecha na barriga, nem embaixo dela...


É isso ae galerinha...calças com elástico, here I come!


Vejam a foto...nem preciso comentar! Naomi já ta pesando um quilo e com 20cm. Dentro de mim tem uma menininha de VINTE CEMTÍMETROS.


Que mais??? ah, continuo tendo inúmeras azias...continuo enjoando com o sabonete líquido do Leo que ele insiste em usar. E com o Clinique Happy Heart que eu já uso há aaaaaaaanos. Agora n consigo.


:)

Monday, October 06, 2008

5 meses.




A novidade é que eu fiz a minha lista de presentes pro chá de bebê que o Leo inventou de organizar, mas pelo visto quem vai ter que fazer tudo sou eu, já que ele mal sabe o que é um bebê, tadinho!


Fomos no babys'r'us sábado de manhã para scanear os produtos que queremos ganhar e foi divertido. No fim escolhemos tons mais neutros a fim de usar para o próximo bebê - sim, eu quero ter mais um, ta decidido!


Outra coisa nova que aconteceu foi o baile de gala militar que o Leo foi convidado de honra. O Leo ganhou esse jantar pq foi o Soldado do Trimistre lá do esquadrão dele. Mais uma vez pude sentir o gosto do patriotismo americano que eu tanto admiro. Eu não sinto, óbvio, pq meu país é o Brasil e não importa quanto tempo eu viva aqui, isso n muda. Gostaria que os brasileiros fossem mais patriotas. Gostaria que EU fosse mais patriota. Mas não sou. Sou muito crítica para ser patriota, eu acho.