O ano esta voando e a semana passada fizemos 4 meses de casados. Ai, hoje num surto com a Giose e reflexoes sobre a vida dela, eu comecei a pensar na minha e notei que ja eh Junho praticamente. E Junho eh quando o Leo completa dois anos de aeronautica. Isso significa que ele ja pode sair. Isso significa seguir o plano de mudarmos definitivamente pra Los Angeles. E obviamente isso me da medo.
Por algum tempo eu ate pensei em sossegar por aqui mesmo. Mas eu me sinto muito sozinha. As vezes eu passo o dia sem falar porque nao tenho com quem falar. So vejo o Leo a noite. Eu nao saio pra fazer compras porque sei que o Leo nao tem paciencia e eu nao conheco NINGUEM por aqui. E pelo andar da carruagem, nao vou conhecer. Aqui so tem americano e todo mundo sabe que eles nao sao amigaveis e eu tenho birra. A galera de DC ja se dispersou. Ja provaram que eu nao posso contar com ninguem. Cada um tem a sua vida e eu com a minha mania de ajudar todo mundo o tempo todo, me fodo novamente. Nao adianta. Foi eu que mudei. Eu que me casei, vivo mais calmamente, tenho outros interesses. Meus amigos de solteira continuam solteiros e nao tem saco pra visitar, pra fazer companhia, nem ao menos tem interesse de saber se eu estou viva ou morta. Tenho a Giose. A Gi que saiu do Brasil e veio pra ca. Acompanha cada momento da minha nova jornada e me abastece de novidades me contando suas peripecias e maluquices atuais. Essa eu sei que nao me abandona. Amiga pra qualquer hora mesmo. E eh disso que eu preciso. E se eu for pra Los Angeles, ela vai ficar longe. Muito longe. Mas tambem em DC o Leo nao vai poder morar. Sao regras da Aeronautica. Se ele sai antes, ele tem que ficar na reserva, e por isso tem que ficar em um lugar perto de sua hometown (LA, no caso).
Eu to aqui na minha angustia para que a cidadania dele saia logo e assim eu possa dar entrada nos meus papeis. Ajustar minha situacao por aqui eh meu objetivo. Em Los Angeles eh tudo mais rapido. e mais caro tb...e tem o fator familia. a dele e a minha estao la. Aqui nos temos um ao outro so. E eu sinto muita falta de ter pessoas por perto. Alguem que eu possa bater na porta sem avisar. Alguem que eu possa chamar pra tomar um cafe quando eu quiser desabafar, alguem que esteja de CORPO presente e nao so virtualmente... sei la...ainda nao decidimos o que fazer. Mas a decisao precisa ser tomada e eu nao sei como proceder :)
oh well..um dia de cada vez ne? Assim que me ensinaram e assim que eu vivo hoje em dia. Ansiedade tava me matando e eu quero viver pra ver o desfecho dessa minha historia!
Um cantinho pra relembrar a juventude, eternizar cada passo da maternidade e lembrar que o português é a minha primeira língua!
Wednesday, May 30, 2007
Monday, May 21, 2007
The Bell Jar
Eu so conhecia Silvia Plath por seus poemas ultra mega depressivos, porem com muito sentido (pq poema feliz eh cafona, convenhamos. poesia boa eh aquela cheia de melancolia). Ai, enquanto procurava uma biografia dela na Borders, achei The Bell Jar e comprei. Olha, se eu nao conhecesse tanta gente com depressao e outros desequilibrios psicologicos, eu diria que Esther, a personagem principal, eh mais uma adolescente rebelde sem causa. Mas minha opiniao sobre essas meninas que simplesmente nao sao felizes, ja mudou ha tempos. E Silvia Plath narra de forma muito profunda o vazio, a sensacao de se estar viva somente pq o coracao continua batendo. Esther tem tudo para ser bem sucedida e feliz. Mas nao eh. Nao consegue ser. E neste livro ela conta porque, e explica como se sentia antes e durante sua estada em um hospicio na decada de 40.
Pois eh, as geracoes mudam, os tempos sao outros, mas a depressao eh algo a ser levada a serio. Nao eh frescura nao. So quem ja sentiu entende. Quem nao sentiu, leia Silvia Plath.
Pois eh, as geracoes mudam, os tempos sao outros, mas a depressao eh algo a ser levada a serio. Nao eh frescura nao. So quem ja sentiu entende. Quem nao sentiu, leia Silvia Plath.
Thursday, May 17, 2007
A Million little pieces
Terminei de ler este livro faz um tempinho ja, mas ele ainda me faz ter pesadelos. A historia eh supostamente real. Supostamente porque reporteres da Oprah Winfrey descobriram que tudo nao se passa de ficcao. Ligaram pro James Frey, autor do livro, acabaram com ele, acusando-o de calunia. Bom, mentira ou nao, o que interessa eh que a historia eh muito boa. Diferente de como geralmente a literatura retrata viciados, em A Million Little Pieces, o autor descreve a raiz do problema, vai fundo mesmo. A leitura eh pesada, da nauseas, nojo, pena, raiva... enquanto a maioria dos autores se baseiam no adolescente rebelde que quer fazer parte da turma de populares da escola e aceita um baseado, uma cerveja, um tiro. Se vicia, vai pra clinica de reabilitacao, melhora 100% e vive feliz para sempre. ok. Pura licao de moral. O legal da historia de James Frey eh que foge disso. Ele mostra o quanto o buraco eh muito mais embaixo. Alcoolatra e viciado em pilulas, crack, cocaina e maconha desde os 9 anos, Frey - atualmente com quase 30 anos e de familia de classe media alta dos EUA - vivia pelas ruas, foi preso diversas vezes...sem nunca saber porque comecou. Ele nao foi influenciado pelos amigos. Pelo contrario, por ser extremamente inteligente, ele era o role model e os amigos queriam ser como ele! Ele nao era rebelde sem causa. Ele descobriu no alcool e drogas, uma fuga para uma dor, uma angustia sentida desde que ele era bebe. Quando ele vai parar na clinica, ele nao aceita ajuda, briga, discute, ignora...enfim, o livro eh todo sobre o tempo em que James passou tentando se livrar do vicio dentro da clinica. Nao espere final feliz pq quem conhece um viciado sabe que finais felizes sao bem raros. A vida de um ex viciado nunca vai ser como a de quem nunca usou nada. Ele sempre tera vontade. Sempre tera que lutar contra...
Bom, fica a dica.
chau.
Sunday, May 13, 2007
Philadelphia, New Jersey, NY
Ontem pela primeira vez desde que nos mudamos, fomos pra Philadelphia pra fazer um turisminho. Eu queria conhecer mais sobre a Historia Americana (pra poder criticar com mais estrutura, nao eh? hehe) entao, nada como Philadelphia pra esclarecer as coisas.
Nao sei se voces sabem, mas Philly foi a segunda capital dos EUA. A primeira foi NY. DC so foi construida em 1800 pq o governo queria estar localizado bem ao centro - na epoca os EUA so tinham 13 Estados, todos na costa leste - da Florida subindo ate Massachussets ou algo assim. Eu e Leo visitamos a casa onde viveu George Washinton (eh ele la no fundo da foto), o Congresso Nacional da epoca da Independencia (vide foto), o sino da Liberdade, e ver a propria constituicao e o documento de declaracao de independencia. O bairro ainda possui todos os predios originais da epoca e os turistas podem fazer um tour de carruagem (breguissimo mas...).
Deixando a Historia de lado e falando de cinema, quem quiser saber what Philly looks like, os filmes Sexto Sentido e Rocky I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII etc (Stallone tem ate monumento na frente do Museu) foram gravados la.
Agora a pergunta que todo mundo me faz: Onde vc esta morando??? Em New Jersey??? Isso eh perto de NY ne?
Resposta: Sim, estou morando em New Jersey. Mas acontece que New Jersey eh um Estado grande (que so serve pra ligar Philly a NY, mas tudo bem) e eu moro bem ao Sul, fronteira com a Philadelphia. Mais uma licao: Philadelphia NAO eh um Estado. Eh uma cidade do Estado da Pensilvania. Entao, NY esta beeeeeeeeeeem ao norte de mim. Uma hora de viagem. Enquanto Philly eh aqui do lado. Ou seja, tenho as duas cidades mais divertidas dos EUA como vizinhas :) eu so faco o trajeto contrario. Enquanto os cosmopolitas vivem em Manhattan e Philly e passam finais de semana na casa da vo, ou no sitio localizado em New Jersey, eu moro em New Jersey e passo finais de semana cosmopolitando em Manhattan ou em Philly.
Tem um mapa de Jersey ai. Eu moro onde esta escrito BURLINGTON.
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